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Você se expressou e te compreenderam inesperadamente mal?

  • Foto do escritor: Verônica Reis
    Verônica Reis
  • 11 de jul. de 2020
  • 3 min de leitura

Algumas vezes fazemos comentários que para nós são inocentes, mas têm repercussões bastante ruins. Isso pode acontecer com todo mundo e geralmente essas reações nos surpreendem porque não percebemos que realmente fizemos uma pontuação inapropriada ou não conhecíamos tão bem a(s) pessoa(s) a quem nos dirigíamos.


Precisamos sempre avaliar o contexto em que o mal-entendido se deu e perceber nosso papel naquela situação, e a partir daí tomarmos as medidas que julgarmos pertinentes. Ninguém é infalível e admitir os equívocos e buscar se retratar e repensar seu comportamento é bastante saudável em todas as relações humanas.


Nesse quadro, o comportamento agressivo ou desproporcional que alguns têm diante das situações que não lhes agradam diz muito mais de como eles a compreendem do que sobre você em particular. Paralelamente, como você absorve o impacto fala muito sobre o seu padrão de interação e como regula suas emoções a fim de resolver problemas.


Assim, como se portar quando o feedback que alguém nos dá nos afeta?


1. Perceba sua responsabilidade dentro do contexto: seu posicionamento foi infeliz e você concorda com a pessoa, mas não com a reação gerada? Perceba se a crítica foi sobre você ou sobre como você se portou na tal situação.


2. Peça desculpas se você sentir pertinente: às vezes não foi você que desencadeou a reação da pessoa, mas algo que ela já vinha alimentando há tempos e não comunicava com clareza. Se você não se sente culpado, não há sentido em pedir desculpas.


3. Comunique honesta e claramente à pessoa como você se sentiu ao ouvir a crítica: nem sempre a pessoa vai estar disposta a te ouvir, mas é importante que você tente esclarecer para ela como você se sentiu ouvindo aquilo e esteja aberto ao diálogo. Lembre-se que ser claro e sincero não é rebater o que você ouviu. Vale sempre a máxima do 'trate os outros como você quer que te tratem' e lembrar de ensinar gentilmente seus limites às pessoas. As pessoas não têm bola de cristal para saber como você se sente.


Se você tentou e o resultado não foi o que esperava, pode ser que:


a. você não tenha sido tão claro quanto acha que foi, ou;


b. a pessoa realmente não esteja aberta ao diálogo.


Para excluirmos a primeira opção, vale observar como você comunicou seus sentimentos. Frases diretas costumam ter bom efeito. Um exemplo seria: “Fiquei triste com sua reação ao meu comentário, do que você particularmente não gostou (ou como eu poderia fazer diferente)? Prezo muito nosso relacionamento e não quero que isso o afete.”


Avalie a resposta ou a ausência dela. Pondere se você se sente acolhido ou desprezado e, diante disto, veja se vale a pena manter essa relação do jeito que está. Aqui é preciso ressaltar que se alguém costuma apresentar comportamento agressivo ou intolerante com outras pessoas numa variedade de cenários, a chance de ela replicar esse padrão contigo é bastante grande.


Reflita em como você tem agido ou reagido e, caso queira ajuda, procure um profissional de saúde mental e se informe sobre comunicação não-violenta.


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Leitura Sugerida:

Caballo, V. E. (2003). 6.5. O Conteúdo do Treinamento em Habilidades Sociais. In: Manual e Treinamento de Habilidades Sociais. Caballo, V.E. São Paulo: Santos. pp. 211-277.



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